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Audiência sobre o caso Sara Freitas acontece nesta terça-feira (16), em Dias d’Ávila

 Audiência sobre o caso Sara Freitas acontece nesta terça-feira (16), em Dias d’Ávila

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Nesta terça-feira (16), acontece a segunda audiência de instrução do caso Sara Freitas, cantora gospel assassinada em 24 de outubro de 2023 em Dias D’ávila, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os réus que estão presos no Complexo Penitenciário de Salvador, chegaram no Fórum de Dias d’Ávila por volta das 09:30, sob forte escolta da polícia. Segundo informações obtidas pelo Fala Povo, a irmã da cantora Sara Freitas, que também será ouvida, irá participar da audiência de forma híbrida, por morar em outro estado.

Fórum de Dias d’Ávila – Foto: Anderson de Almeida

Na primeira audiência, não foi possível ouvir todas as testemunhas por problemas de conexão e instabilidade do sistema. A expectativa é que todas elas sejam ouvidas, incluindo os próprios réus, entre eles, o então marido da cantora, Ederlan Mariano, suspeito de arquitetar a morte da pastora.

São quase 6 meses desde o crime aconteceu. Muitas reviravoltas aconteceram, a começar pelo marido da vítima ser investigado e indiciado como mandante do crime; a participação de outros acusados; o detalhamento do crime; briga judicial entre as famílias de Sara e Ederlan pela guarda da filha dos dois, entre outros desdobramentos.

A cantora gospel e pastora Sara Freitas desapareceu no dia 24 de outubro, após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, para um evento religioso que aconteceria em Dias D’Ávila. Na ocasião, o próprio marido dela, Ederlan Mariano, denunciou o desaparecimento, dizendo que Sara tinha o costume de participar de vários eventos religiosos. Ele foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar queixa na manhã do dia 26.

O corpo de Sara Freitas foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila, na tarde do dia 27, uma sexta-feira. O marido reconheceu o corpo da vítima.

O marido da cantora foi preso no mesmo dia, 27, sob possíveis incoerências no discurso. Inicialmente, foi divulgado que ele confessou o crime, mas a defesa negou e alegou que ele era inocente.

Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como “Bispo Zadoque”, e Gideão Duarte de Lima foram presos a medida que as investigações avançavam. Gideão, apontado como um motorista da confiança dela, teria buscado a cantora gospel em casa para levá-la a um culto que não existia. Ele teria entregue ela a Zadoque e Ederlan. 

Já Zadoque, que confessou o crime, teria atuado como receptor da vítima. Os dois foram presos entre a noite do dia 14 e a manhã do dia 15 de novembro.

Uma semana depois, 21 de novembro, Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, se entregou à polícia após assumir participação no crime. Investigado pela 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D’Ávila), Victor Gabriel teve participação tanto no homicídio da artista quanto na ocultação de seu cadáver, conforme apontou a apuração do caso. Ele detalhou o crime, afirmando que teria segurado a vítima enquanto Zadoque a esfaqueava.

Ao longo de toda investigação, havia um conflito sobre qual família ficaria a filha do casal, de 11 anos. No dia 29 de novembro, a menina foi ouvida por cerca de três horas durante a audiência de justificação, no Fórum da Família, em Nazaré. No dia 13 de dezembro, a Justiça concedeu a guarda provisória da filha de Sara Freitas para a família de Ederlan.

No dia 19 de dezembro, o Ministério Público Estadual denunciou Ederlan, Zadoque, Gideão e Victor por homicídio qualificado, os tornado reús. Segundo a promotoria, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima. Eles também foram acusados por ocultação de cadáver e associação criminosa.

A Justiça baiana recebeu a denúncia e acatou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, com parecer favorável do MP, contra os quatro.

No dia seguinte, 20 de dezembro, o MP divulgou que os quatro suspeitos pela morte da cantora gospel Sara Mariana tinham intenção de usar a imagem da artista para lançar a carreira de Victor Gabriel, um deles, que também é cantor.

No texto da denúncia, o MP apontou que que o crime aconteceu porque Zadoque, Victor e Gideão, sob ordens de Ederlan, queriam “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente”.

Só após cinco meses em que o crime aconteceu, no dia 26 de março de 2024, houve a primeira audiência de instrução do caso. 

A audiência, que começou por volta das 9h, foi promovida de maneira híbrida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ela apresentou problemas de conexão e precisou ser interrompida às 13h10 por instabilidade do sistema e será retomada nesta terça.

 

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