Rodoviários farão reunião final para definir greve nesta quinta-feira, em Salvador
Após 12 assembleias, a greve dos rodoviários em Salvador atinge um ponto crucial. Nesta quinta-feira, em última reunião marcada entre a categoria e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), será decidido o destino do movimento grevista. O encontro está agendado para as 14h na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no Comércio. A expectativa de decisão foi revelada pelo vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira.
“Nós vamos ter essa última reunião amanhã com o SRTE para definir pelo acordo ou pela greve. De antemão, a gente ainda está nesse processo dessa reunião de amanhã, aguardando o que vai ser construído no encontro. Não havendo acordo, depois dessa reunião a gente vai sentar e reunir a categoria para ver qual é o melhor dia que a gente possa deliberar para começar a greve. A partir de agora, já estamos em estado de greve. A categoria já aprovou a greve, já estamos em estado de greve e a partir de agora é ver se nasce alguma proposta que evite a ação”, disse.
O impasse entre rodoviários e empresários já se arrasta por mais de dois meses. Segundo a categoria, o diálogo com os empresários não tem avançado.
“Durante essas 12 assembleias, eles fizeram várias contrapropostas, mas a proposta toda é de tirar direitos dos trabalhadores. Propuseram não colocar cobrador para trabalhar final de semana, tiveram proposta de aumentar a quantidade de horas de jornada de contrato parcial e muitas outras, mas tudo proposta contra a nossa pauta e ações de retrocesso, de reduzir direitos e armadilhas para tirar os cobradores. Então a gente foi rejeitada com essas propostas, inclusive fazendo a condição de dar 1.24% de aumento com essas contrapropostas”, pontuou Hélio.
A categoria rejeitou todas as propostas e agora espera uma resolução por parte do Ministério Público do Trabalho para tentar evitar a greve.
“Nós reduzimos a nossa pauta em 50%. De 44 itens, colocamos 22 itens para tentar fazer uma margem de negociação e afunilar para ver quantos itens vai ficar, mas a questão salarial é uma das coisas que a gente não abre mão”.